paleo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Memorial Fotográfico


TÍTULO: Vista do Morrão
LOCAL: Situada a 8km a sudoeste da cidade de Morro do Chapéu.
DATA DE CAMPO: o2/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: o aspecto observado no Morrão foi à geologia, ou seja, tipo de formação geológica do local.
DESCRIÇÃO: formação morro do chapéu, compõe-se de conglomerado arenitos, e rochas de granulação fina (argilito, siltito), vegetação rupestre. Morro que deu origem ao nome do município por ter a forma de um chapéu.

TÍTULO: Buraco do Possidônio.
LOCAL: Estrada que liga a fazenda Canabravinha à localidade de Alagoinhas.
DATA DE CAMPO: o2/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: Investigação estratigráfica sobre possíveis origens da formação da cratera.
DESCRIÇÃO: o buraco de possidônio faz parte da formação cabloco, é uma grande dolina de colapso, com um contorno maio cilíndrico e com cerca de 150 metros de diâmetros por 70 metros de profundidade, a origem da dolina que desenvolvida em siltitos, está relacionada à presença de rochas calcarias subjacentes, passiveis de sofrerem dissolução, o que provocou o desmoronamento das camadas superiores, caracterizando-a como uma dolina. Foi observado um contrate na vegetação de semi-árido na superfície e no seu interior árvore de grande porte. Pode-se ainda observar a possível entrada de caverna.



TÍTULO: Gruta Cristal
LOCAL: Na base da serra da fazenda São João, em sua face oeste.
DATA DE CAMPO: o3/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: características que compõe uma caverna.
DESCRIÇÃO: representa a base da formação cabloco, integram a associação de litofaceis Laminito Algal/Calcarenito/Estromatolitos, a entrada aprofundam-se cerca de 8m a partir da dolina, em relação a morfologia é extremamente irregular: placas sobressaem da parede, e o teto é fortemente sulcado com alturas variáveis, valas originárias de enxurradas adentram a dolina, piso com irregularidades com sedimentos arenosos de coloração avermelhada, a grande espessura de sedimentos pode guardas animais fósseis. A gruta é desprovida de espeleotemas.


TÍTULO: Gruta dos Brejões
LOCAL: cerca de 300m a noroeste da vila Brejão da Gruta.
DATA DE CAMPO: o4/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: Observação do tipo de formação; Contextualização histórica do local.
DESCRIÇÃO: formação salitre, possuem gigantescos espeleotemas: cortinas, estalactites e estalagmites. Galerias, salões e claraboias. Há transito em diversos trechos da caverna, sejam eles parcialmente iluminados ao totalmente escuro. Conotação religiosa, pode-se observar um altar com concentração de vela, estátuas e oferendas. A sua vegetação tem predominância de caatinga.


TÍTULO: Estromatólitos
LOCAL: na base da serra da fazenda São João, em sua face oeste.
DATA DE CAMPO: o3/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: Observação de estromatólitos
DESCRIÇÃO: formação cabloco, integram a associação de litofaceis Laminito Algal/Calcarenito/Estromatolitos. Camadas de calcarenito-intraclástico-oncolítico com estratificações cruzadas e marcas onduladas, além de concentração de fragmentos na base dos estratos por ação de tempestades.



TÍTULO: Pintura rupestre
LOCAL: Cidade das Pedras
DATA DE CAMPO: o2/09/2011
ASPECTO OBSERVADO E FOTOGRAFADO: Observação de pinturas rupestres.
DESCRIÇÃO: formação morro do chapéu, vegetação rupestre, pinturas feitas nas rochas, usando-se do ocre para executá-las (gordura vegetal e animal). Produzidas pelos primeiros habitantes, esta pintura parece registrar a imagem de uma planta.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Açores: Encontrados fósseis de novas espécies para a ciência

Moluscos marinhos com mais de cinco milhões de anos

2011-07-26
Fósseis marinhos de Santa Maria foram o principal foco de estudo
Fósseis marinhos de Santa Maria foram o principal foco de estudo
A oitava expedição científica “Paleontologia em Ilhas Atlânticas”, que terminou no fim de semana em Santa Maria, Açores, permitiu encontrar espécies novas para a ciência, maioritariamente moluscos marinhos com mais de cinco milhões de anos.
"Conseguimos resultados fabulosos", disse à Lusa o coordenador científico da expedição, Sérgio Ávila, salientando que durante os trabalhos, que decorreram entre 14 e 23 de Julho, foram também descobertas duas jazidas fósseis que não estavam cartografadas naquela ilha açoriana.
A expedição, que envolveu 24 cientistas nacionais e estrangeiros, entre os quais Jere Lipps, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, EUA, marcou também a apresentação oficial de um dos cinco trilhos relacionados com a denominada “Rota dos Fósseis”, um projecto apoiado pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.
 
No arquipélago dos Açores apenas são conhecidos fósseis marinhos em Santa Maria, tendo o mais antigo sido datado de há cinco milhões de anos. Sérgio Ávila destacou o facto de a expedição deste ano ter permitido encontrar "quatro ou cinco espécies novas para a ciência, maioritariamente moluscos marinhos com mais de cinco milhões de anos". Segundo este investigador da Universidade dos Açores, "terá sido esta a primeira vez que estes fósseis terão sido avistados".

Paleoparque de Santa Maria
Na sequência dos resultados que têm vindo a ser obtidos nestas expedições anuais, Sérgio Ávila revelou que está a ser preparada uma proposta que vai ser apresentada ao Governo Regional dos Açores "relacionada com a implantação do Paleoparque de Santa Maria".
Este projecto, que conta com o apoio da Associação Internacional de Paleontologia, permitirá "divulgar a nível internacional a ilha de Santa Maria e os seus fósseis, atribuindo-lhe uma etiqueta de qualidade".
A ilha de Santa Maria, a mais antiga dos Açores, tem uma dezena e meia de jazidas de fósseis conhecidas, datadas do final do Miocénico e do início do Pliocénico, com idades entre cinco e sete milhões de anos, além de três jazidas fossilíferas Plistocénicas, com 120 mil anos. Em anteriores expedições, foram encontradas nesta ilha fósseis de uma nova espécie de invertebrados, dois novos registos de tubarões e outros dois de moluscos marinhos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O descoberto fóssil que altera teorias sobre dinossauros!

Por: Ligia Hougland
(Washington)

A descoberta de um novo dinossauro na região nordeste da China surpreendeu paleontólogos ao indicar que é preciso reavaliar as atuais teorias sobre a evolução dos grandes predadores pré-históricos. O dinossauro, que é uma miniatura do tiranossauro rex, foi batizado de raptorex (rapto é o termo comumente usado para pequenos dinossauros e rex significa "rei").

O raptorex, apesar de ter vivido há cerca de 125 milhões de anos, e aproximadamente 60 milhões de anos antes do tiranossauro rex, já apresentava as principais características do maior e mais conhecido dinossauro. Isso contradiz as teorias de que as características físicas do tiranossauro rex, como cabeça desproporcionalmente grande em relação ao torso, braços pequenos e pés longilíneos eram resultado do processo evolutivo e de crescimento da espécie.

Todas estas características estão presentes no raptorex, apesar de este ser uma miniatura do seu gigantesco descendente. Até mesmo o cérebro do raptorex exibe bulbos olfatórios grandes, indicando um olfato altamente desenvolvido, assim como o do tiranossauro rex.

"É impressionante. Não conheço nenhum outro exemplo de um animal que tenha sido tão perfeitamente criado em uma versão cerca de 100 vezes menor do que, mais tarde, se tornaria", diz Paul Sereno, paleontólogo da Universidade de Chicago e autor do estudo sobre o raptorex.

Os paleontólogos dizem que um raptorex adulto não passava de 3 metros de altura e 60 quilos. Vivia em uma região de lagos perto da Mongólia e se alimentava de pequenos dinossauros, pássaros e tartarugas.

Os braços curtos eram secundários na caça e permitiam que o raptorex corresse com mais agilidade para atacar sua presa. "Em um animal tão veloz e com cabeça tão grande, algo tem de ser sacrificado e, neste caso, assim como no caso do tiranossauro rex, os braços foram colocados em segundo plano", afirma Stephen Brusatte, co-autor do estudo e paleontólogo do Museu Americano de História Natural.

"Todas estas características fazem parte de um design belamente criado para um predador de grande sucesso¿, diz Sereno. Segundo os autores do estudo, mesmo os braços diminutos do tiranossauro rex não eram inúteis nem apenas vestígios do processo evolutivo, mas faziam parte de um modelo especialmente desenvolvido para capturar e liquidar outros animais. Há três anos, o esqueleto, em condições quase que perfeitas, foi comprado no mercado negro por Henry Kriegstein, um colecionador de fósseis, e encaminhado a Sereno. O paleontólogo concordou em estudar o espécime desde que este fosse, depois disso, devolvido à China.

"Foi uma descoberta completamente inesperada. O que sabíamos sobre a evolução dos dinossauros era simplista ou mesmo errado", afirma Brusatte.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Qual a importância da Paleontologia para a Biologia, bem como os seus objetivos e aplicações?

A vida para o mundo científico começa a existir, a partir de um registro, e este é obtido por estudos realizados pela paleontologia, uma vez que esta ciência pesquisa o passado geológico e analisa fósseis tanto vegetais como animais, inclusive aqueles de tamanho microscópicos preservados dentro de rochas. Dessa maneira, ela desempenha um importante papel na reconstituição da história da Terra, e, portanto para a biologia, fornecendo elementos corroboradores para a teoria da evolução, fazendo-se referência à composição da atmosfera, à geografia e às modificações climáticas ao longo do tempo geológico. Com isso, pode-se notar que a paleontologia, tem os seguintes objetivos:
- Fornecer dados para o conhecimento da evolução biológica dos seres vivos através do tempo;
- Estimar a datação relativa das camadas, pelo grau de evolução ou pela ocorrência de diversos grupos de plantas e animais fósseis;
- Reconstituir o ambiente em que o fóssil viveu, contribuindo para a paleogeografia e a paleoclimatologia;
- Auxiliar na reconstituição da história geológica da Terra, através do estudo das sucessões faunísticas e florísticas preservadas nas rochas;
- Identificar as rochas em que podem ocorrer substâncias minerais e combustíveis como o fosfato, carvão e o petróleo, servindo de apoio à Geologia econômica.
Além disso, a Paleontologia abrande diferentes aspectos, e desse modo ela possui vários ramos de atuação, como a Paleobiologia, que dá mais ênfase aos estudos direcionados para os tópicos relacionados a evolução, ecologia ou tafonomia dos organismos; a Paleobotânica, que estuda os fósseis de um modo geral; a Micropaloontologia, que estuda os microfósseis para a indústria de petróleo; a Paleoicnologia, que estuda os icnofósseis (estruturas biogências resultantes da atividade dos seres vivos; entre outras aplicações.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Como se calcula a idade de um fóssil?

      Existem duas maneiras: a datação relativa, usada pelos pesquisadores desde o século 17, por comparação com outros fósseis; e a datação absoluta, feita desde o início do século 20, com a análise de elementos químicos radiativos encontrados nos organismos estudados. Com essa técnica, são identificados o tempo que provocou tal concentração e a quantidade atual de dois elementos.

     O resultado é a idade do fóssil. Já para descobrir quantos anos o organismo tinha antes de ser soterrado ou qual a fase de vida em que se encontrava, como infância ou velhice, há técnicas variadas. Com os vertebrados, a análise é feita em pedaços de ossos e dentes. Em árvores petrificadas, são contados os anéis de crescimento do tronco. 
(Revista Nova Escola).